FAMÍLIA E COMUNIDADE

No mês de novembro empregamos na proposta de trabalho interdisciplinar o tema Família e Comunidade, dando continuidade ao método videoaulas.  O território representa o chão e a identidade daqueles que o pertence, é o fundamento do trabalho, o lugar da residência, das trocas materiais e espirituais e do exercício da vida. Nesse sentido o território não é só o espaço físico, geográfico, mas também as relações socioeconômicas e políticas, bem como as representações conceituais, artísticas, afetivas firmadas nele. Ou seja, o território envolve a dinâmica das pessoas e os grupos sociais que nele habitam ou que nele interagem de diversas formas: mais ou menos harmônicas, complementares ou contraditórias.  É nesse espaço vivido, que as pessoas constroem suas subjetividades, seu modo de ser, estar e relacionar com o outro, com suas diferentes culturas, modo de pensar, sentir e agir.  O território é um considerado um espaço de força empiricamente validada por seus espectadores, quais sejam: as crianças, os adolescentes, suas mães, avós, os coletivos de direitos, os movimentos sociais, os movimentos de mulheres, o poder público, entre outros.  A partir desses pressupostos podemos concluir que estar cada vez mais integrado ao território possibilita identificar suas particularidades e necessidades, possibilitando o desenvolvimento de ações e diálogos com a comunidade de forma afetiva, de forma que se possa aguçar a percepção e identificar algumas temáticas relevantes, que são trazidas através pelos usuários e devemos levar a sério para atender às necessidades da clientela que assistimos.   Desenvolvemos o trabalho de forma combinada entre as disciplinas, objetivando-se a compreensão de um objeto a partir da confluência de pontos de vista diferentes, cujo objetivo final foi alcançar às famílias, mostrar as potencialidades do município, como podemos nos unir para minimizarmos as fragilidades e os principais papeis das famílias, nos mais diversos contextos.   A escolha do tema implicou em alguma reorganização do processo ensino/aprendizagem e supõe continuidade do trabalho de forma imperiosa, já que de fato existe um distanciamento, observado através das falas das próprias famílias, advinda dos atores do sistema de garantia de direitos buscarem compreender os anseios e necessidades do público e ainda as potencialidades do território para garantir temáticas eficazes no processo de construção e desconstrução, para além dos marcos normativo. Vivemos atualmente num cenário de “retomadas de perspectivas”, onde cada vez mais se faz necessário auxiliar as famílias a desenvolverem autodisciplina, responsabilidade, além de habilidades e atitudes positivas com os seus e o meio.   As ações justificam-se por previrem o  fortalecimento das vivências relacionais, ao trabalharmos na perspectiva da territorialidade, apoiando ações comunitárias, acolhendo e (re) conhecendo as pluralidades e as multimedições dos fenômenos sociais que impactam a vida das pessoas e suas relações familiares e sociais. Esse viés reforça a importância de serviços pautados nas necessidades e demandas identificadas e evidencia a importância do afeto empregado na construção de soluções para o enfrentamento das desigualdades sociais. 

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